Joan Melé fez carreira em bancos tradicionais espanhóis. Ao ver muitas vidas se transformarem por heranças e falências, se perguntava sobre o melhor uso do dinheiro. Ao mesmo tempo, após a queda do Muro de Berlim e a ascensão do capitalismo, viu a escalada da globalização e uma corrida mundial para sustentar o consumismo em um processo que se tornou uma espécie de obsessão coletiva.
Por conta disso, começou a explorar temas que envolviam o uso consciente do dinheiro e, assim, chegou aos bancos éticos, instituições que se engajam na questão dos impactos socioambientais e são transparentes sobre os critérios de investimento do dinheiro aplicado pelos correntistas. Contra todas as expectativas, Melé iniciou, na Espanha, as operações do banco ético holandês Triodos Bank e conquistou o mercado ao aumentar o crédito e diminuir as taxas de juros em plena crise de 2008. O banco cresceu como nunca no país e ele virou um pregador do tema.